Vai usar “Aditivo Melzinho”? Cuidado, veja o que você precisa saber antes de usar.
Na busca por uma solução rápida para problemas no motor, muitos motoristas acabam recorrendo a produtos milagrosos que prometem resolver tudo sem precisar de grandes intervenções mecânicas. Um desses produtos é o famoso “aditivo melzinho” tipo Bardahl Prolonga, conhecido por melhorar temporariamente o desempenho do motor e reduzir barulhos indesejados. No entanto, o que muitos não sabem é que esse tipo de óleo pode mascarar defeitos e trazer sérios prejuízos a longo prazo.

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O que é o “Aditivo Melzinho” de Óleo de Motor?
O “aditivo melzinho” mencionado nesse contexto não se refere a um aditivo ou produto específico, mas sim a uma característica visual de alguns óleos de motor. Essa aparência é resultado de diversos fatores, como:
- Base do óleo: Óleos sintéticos, por exemplo, tendem a ter uma aparência mais clara e viscosa em comparação aos óleos minerais.
- Aditivos: A presença de aditivos para melhorar o desempenho do óleo, como detergentes e dispersantes, pode influenciar a sua cor e viscosidade.
- Qualidade da refinação: Um processo de refinação mais avançado pode resultar em um óleo com menor quantidade de impurezas e, consequentemente, uma aparência mais clara.
O Mito do “Aditivo Melzinho” e a Qualidade do Óleo
É comum que motoristas associem a aparência “melzinha” do óleo a uma maior qualidade do produto. No entanto, essa crença é um mito. A qualidade de um óleo de motor é determinada por diversos fatores, como:
- Viscosidade: A viscosidade correta garante a lubrificação adequada do motor em diferentes condições de temperatura.
- Índice de viscosidade: Essa propriedade indica a variação da viscosidade do óleo com a temperatura.
- Ponto de fluidez: A temperatura mínima na qual o óleo ainda flui é um indicador importante para regiões frias.
- Aditivos: Os aditivos presentes no óleo desempenham funções específicas, como proteção contra o desgaste, limpeza do motor e dispersão de impurezas.
Aqui estão três perigos que você precisa conhecer:
1. Mascaramento de problemas reais O maior perigo desse óleo é sua capacidade de esconder defeitos graves no motor. Ele age criando uma camada que suaviza o funcionamento das peças internas, diminuindo ruídos e vibrações, o que pode dar a falsa sensação de que o motor está funcionando bem. No entanto, o problema continua lá, se agravando sem que o motorista perceba.
2. Dano a longo prazo nas peças internas O uso prolongado desse tipo de óleo pode comprometer a lubrificação adequada do motor. O produto pode alterar a viscosidade do óleo normal, o que significa que as peças móveis do motor podem não estar recebendo a proteção necessária. Com o tempo, isso pode resultar em um desgaste excessivo, diminuindo a vida útil de componentes críticos como pistões e válvulas.
3. Aumento nos custos de manutenção Ao mascarar os sintomas e deixar o problema se agravar, o motorista pode acabar gastando muito mais em reparos do que gastaria se tivesse resolvido o defeito desde o início. O que parece uma solução barata e fácil a curto prazo pode se transformar em um pesadelo financeiro quando for necessário substituir peças que foram severamente danificadas pelo uso contínuo do óleo melzinho.
Recomendações:
- Consulte o manual do veículo: O manual do proprietário do seu veículo indica o tipo de óleo recomendado para o motor.
- Utilize produtos de marcas confiáveis: Adquira óleos de motor em estabelecimentos confiáveis e de marcas reconhecidas no mercado.
- Não se deixe levar por promessas milagrosas: Produtos que prometem resultados milagrosos podem não ser seguros e podem danificar o seu motor.
- Consulte um profissional: Em caso de dúvidas, consulte um mecânico de confiança para obter orientações sobre a escolha do óleo ideal para o seu veículo.
Concluindo, é sempre melhor investir em uma manutenção adequada e buscar soluções definitivas para os problemas do motor, em vez de recorrer a atalhos que, no final das contas, podem sair muito mais caros.
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